Nos últimos dias, veículos do Grupo Globo se juntaram ao jornal Folha de S. Paulo na intensificação de críticas ao governo, com ênfase a um olhar ultraliberal da economia.
A maior agressividade dessa mídia aliada do conservadorismo e dos donos do dinheiro é uma tentativa de brecar a recuperação do governo Lula nas redes sociais e de fazer frente à narrativa de ricos contra pobres que se revela convincente e coloca a extrema-direita na defensiva.
De acordo com pesquisa Quaest, o governo virou o jogo nas redes sociais no embate com o Congresso e conquistou uma rara vitória no ambiente digital. O volume de críticas ao Legislativo cresceu. Dos 4,4 milhões de menções do tema monitoradas, 61% foram de crítica aos parlamentares e apenas 11% contrárias ao governo, além de 28% “neutras”.
A pesquisa mostra também que o tema mobilizou mais do que o caso do INSS, com 18 mil menções por hora sobre o comportamento do Congresso, ante 15 mil no caso das aposentadorias.
Na análise da Quaest, a crítica ganhou força nas redes ao mobilizar narrativas de privilégio e distanciamento social dos donos do dinheiro, projetando o presidente da Câmara, Hugo Motta, como símbolo do “congresso da mamata”.
Pesquisas diárias contratadas pelo Planalto mostram recuperação da popularidade do presidente acima da margem de erro como consequência da oportunidade aberta nas redes sociais para mostrar as propostas econômicas do governo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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