//FERNANDO PESCIOTTA// Melhora econômica e a saída do Bolsa Família



Recorrentemente a elite econômica brasileira detona o programa Bolsa Família com aquela ladainha de que o Estado dá esmola aos pobres. Quando se aproxima o período eleitoral, esse discurso reacionário se adapta para ganhar a versão de compra de votos.

Não é raro também ver empresários ignorantes dizerem que o Bolsa Família exerce uma concorrência desleal que dificulta a contratação de mão de obra. Explicitamente, dizem que brasileiros somos vagabundos.

Para além do elitismo preconceituoso, essas afirmações são fruto da ignorância. A maioria não conhece o programa, que em julho “perdeu” quase 1 milhão de famílias.

Essas pessoas deixaram o Bolsa Família graças ao aumento da renda do domicílio. Com isso, o total de beneficiários caiu de 20,5 milhões em junho para 19,6 milhões neste mês.

Trata-se da menor quantidade de famílias dentro do programa desde a reformulação implementada nesta gestão Lula, em 2023. É também o menor número desde 2022, quando sob o miliciano o programa despencou para 18,1 milhões, mas não por causa da melhora macroeconômica, mas por restrições do governo.

O Bolsa Família tem regras muito claras, com portas de entrada e de saída muito bem definidas. Só não o querem os opositores da justiça social e aqueles que buscam mão de obra escrava.

---------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


Comentários