//FERNANDO PESCIOTTA// Como as democracias morrem



Autores de “Como as Democracias Morrem”, sucesso de vendas desde seu lançamento, em 2018, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, professores de Ciências Políticas de Harvard, reforçam o alerta.

O livro faz uma análise da atuação de governantes eleitos que minam as instituições democráticas. Conhecemos bem isso. Anos antes do 8 de Janeiro, Levitsky e Ziblatt já alertavam que um golpe de Estado não precisa de tanques e tiros. Basta explorar brechas do sistema.

Os autores estão convencidos de que todas as barreiras de proteção foram superadas nos EUA. “Estamos perdendo nossa democracia, mas a maioria dos cidadãos não percebe isso”, disse Levitsky em entrevista ao jornal Valor Econômico.

O alerta cabe para o Brasil e deve servir de bússola para o eleitor. A aprovação na Câmara de um desvio para proteger golpistas é um enorme sinal vermelho para essa gente que mandamos para o Parlamento. Tentar blindar terroristas sob qualquer argumento é ser golpista.

É assim que morrem as democracias. Por isso, é essencial planejar o voto para o Congresso em 2026.

Mais recorde – O grupo dos 1% mais ricos do Brasil tem renda média que corresponde a 36,2 vezes aquela dos 40% de menor renda no País, a menor diferença da história. Antes da pandemia, essa diferença era de 48,9 vezes.

A diferença cai graças aos programas sociais, nos quais a renda média avançou 72,7% em 2024, na comparação com 2019, passando de R$ 484 para R$ 836, o maior valor histórico, e para mais gente. Agora, os programas alcançam 9,2% da população. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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