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Em meio à turbulência no mercado financeiro global, muitas incertezas no cenário internacional e divergências políticas internas desde as eleições municipais, o presidente Lula tem sido cobrado a dar sinais de austeridade e respeito ao equilíbrio das contas públicas.
Em entrevista à RedeTV, porém, Lula pediu corte de gastos também dos outros Poderes, mas adotou um discurso mais conflituoso com o mercado financeiro, que, segundo ele, “fala bobagem todo dia”. Lula disse que já venceu o mercado e vai vencer outra vez.
Há dúvidas sobre a eficácia desse tipo de discurso. Num mundo que tem deixado cada vez mais de lado o viés ideológico para abraçar um pragmatismo até exacerbado, estar junto com um olhar mais harmonioso com percepções empreendedoras talvez seja um caminho melhor.
Tanto assim que Lula tem cobrado seus ministros a adotarem políticas públicas que lhe tragam popularidade com essa pegada e mais voltadas à classe média. Ele quer crédito para micro e pequenos empreendedores, estímulo à exportação de empresários desse segmento e ampliação do Pé de Meia, que oferece bolsas a estudantes.
O ministro da Educação, Camilo Santana, bem-sucedido na eleição de outubro, acha que o governo precisa fazer uma reflexão para entender as prioridades das pessoas e verificar por que parte da população mais empobrecida, principal beneficiário de programas sociais, não votou no PT.
Além disso, o ministro avalia que falta comunicação ao governo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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