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É muito grave quando um governador convoca a imprensa em dia de eleição apenas para insinuar, sem nenhuma prova, que seu adversário pode ter ligação com o crime organizado.
Para piorar, o governador faz isso sabendo, aí sim com muito mais dados, que o candidato que ele apoia tem, de fato, vínculos com pessoas ligadas a facções criminosas.
O ilícito do governador foi cometido em público, com todas as letras expostas para quem quisesse ouvir. E apesar disso, pode sair ileso.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Silmar Fernandes, concorda que Tarcísio de Freitas cometeu crime no dia de votação do segundo turno da eleição municipal da Capital, quando afirmou, sem provas, que o PCC recomendava voto em Guilherme Boulos.
Fernandes compara a fala do governador a um travesseiro de penas jogado de um prédio. “Como recolher [as penas] depois?”, disse.
O problema é que a burocracia se junta ao medo. Segundo o desembargador, é bem possível que Tarcísio fique inelegível pelo crime cometido, mas salienta que o resultado da ação dependerá das provas.
Aí não entendi. O cara fala na cara dura o que falou e você precisa de provas? É só um jeito de dizer “entendo que houve crime, mas não vou colocar a mão nessa arapuca”.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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