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Qualquer brasileiro é capaz de repetir a todo instante que estamos num país desigual, talvez um dos mais desiguais do planeta, dada a diferença quilométrica entre os poucos ricos e os muitos pobres. E há distância também de léguas nas oportunidades, o que só faz a desigualdade aumentar.
Mas sempre que o governo de plantão fala em taxar os mais ricos para distribuir renda, a gritaria é geral. Até quem não tem nada com isso reclama. Ainda hoje tem quem diga que o dinheiro tem de sair do governo, mesmo que para isso fique sem recursos para políticas públicas.
Pois o ministro Fernando Haddad criou o imposto sobre fundos exclusivos no exterior, bem-sucedido desde o início do ano, e agora cogita criar um imposto mínimo para milionários, com alíquota efetiva de 12%.
Seriam taxadas pessoas físicas com rendimentos acima de R$ 1 milhão por ano. Segundo cálculos do mercado financeiro, a medida resultaria numa arrecadação anual de R$ 44,8 bilhões.
Com esse dinheiro o governo Lula pretende isentar do Imposto de Renda todos os brasileiros com ganho mensal de até R$ 5 mil, conforme prometido na campanha eleitoral.
Coisa simples: cobrar de uns poucos uma grana que não vai lhes fazer falta para cobrir a necessidade de muitos.
Como se diz no Brasil desde sempre, falta boa vontade. Mas Haddad e equipe estão demonstrando o contrário. O que falta agora é a demonstração de entendimento do Congresso. Vamos ver.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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