//FERNANDO PESCIOTTA// Tarcísio numa organização criminosa

Em artigo publicado pela Falha nesta semana, o ex-ministro José Dirceu creditou o vazamento de mensagens da equipe do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a um esquema em favor da retomada da extrema-direita sob liderança de Tarcísio de Freitas, de olho em 2026.

Dirceu parece ter razão. As investigações do caso caminham para revelar que um ex-assessor de Moraes no STF, demitido em maio por denúncia de violência doméstica, teve seu celular apreendido pela Polícia Civil de São Paulo. E aí pode estar a origem dos vazamentos.

A suposição parece plausível. É notório que o jornal Folha de S. Paulo, que publicou os vazamentos, tem estado cada vez mais alinhado com os interesses de Tarcísio de Freitas, preparando o terreno para a volta da extrema-direita que se vende como liberal na economia.

Nesse sentido, a Folha está à frente de uma organização criminosa. Segundo despacho de Alexandre de Moraes, “o vazamento e a divulgação de mensagens particulares trocadas entre servidores dos tribunais se revelam indícios da atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”.

Mas não se trata exatamente de um desejo ideológico. Como de costume, a ideologia desse tipo de gente é o dinheiro. O banqueiro dono da Folha está de olho na possibilidade de privatização do Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e até do BNDES. Sempre a preço de banana, como Tarcísio de Freitas fez com a Sabesp.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com