//FERNANDO PESCIOTTA// O idiota, a TV e o futuro das eleições



As últimas pesquisas confirmam uma disputa acirrada pela Prefeitura de São Paulo, com empate técnico triplo entre Guilherme Boulos (22%), Ricardo Nunes e Pablo Marçal (ambos com 19%) nas intenções de voto.

Esses números foram revelados às vésperas do começo da campanha eleitoral gratuita na TV.

Desta vez, portanto, o resultado que virá será importante e quase definitivo para as estratégias eleitorais futuras.

Nunes terá o maior tempo de TV e Marçal não terá nenhum segundo, tendo de se contentar com o papel de idiota que ele mesmo reconhece fazer para chamar a atenção do eleitorado, que, disse, tem uma “mentalidade” de aprovação de atos idiotas. “Você tem de ser idiota, nossa mentalidade gosta disso”, afirmou no podcast Flow.

Se de fato o idiota for para o segundo turno, deixando Nunes para trás, ficará caracterizado que de nada vale o monte de costura partidária só para ter mais tempo de propaganda na TV.

Mas se Marçal for superado, ficará claro que fazer campanha apenas nas redes sociais não leva a lugar nenhum porque o importante é a TV.

Nesse sentido, a eleição paulistana será importante para definir o futuro eleitoral, corroborando tabus ou indicando novos caminhos.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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