//FERNANDO PESCIOTTA// O que Kamala pode significar



Assim como a campanha eleitoral para prefeito de São Paulo influencia boa parte do País, a eleição presidencial dos EUA acaba sendo referência global.

Além de interferir nos mercados financeiros, a disputa norte-americana é apontada por analistas e marqueteiros políticos como orientadora de tendências. É nesse contexto que a reviravolta da entrada em cena de Kamala Harris está sendo analisada mundo a fora.

Analistas financeiros internacionais sabem que a desistência de Joe Biden era mais do que esperada, mas sua efetivação alterou o humor de investidores. A convicção da vitória da extrema-direita conduzida por Donald Trump deu lugar a uma incerteza que caminha rapidamente para apostas em Kamala.

A atual vice-presidente dos EUA, mesmo ainda não oficialmente indicada candidata passou a representar uma revolução no processo eleitoral. Primeira mulher negra e filha de imigrantes a chegar ao cargo, sua postulação rapidamente atraiu apoios e dinheiro. Em 24 horas, foram US$ 81 milhões em doações.

Kamala revirou o quadro, já aparece tecnicamente empatada com o extremista nas intenções de voto, reanimou o Partido Democrata, assegurou o número de necessário de votos para ser oficializada e virou referência no noticiário internacional.

Nesse passo, Kamala tem grandes chances de salvar a democracia global ao ajudar a levar os extremistas de direita para seu devido lugar. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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