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A eleição presidencial venezuelana promete deixar um rastro de divergências na América Latina, com graves implicações para o governo do presidente Lula.
Horas após o fechamento das urnas, o governo venezuelano exigiu a saída de embaixadores de sete países latinos que desconfiam da lisura do pleito, incluindo Colômbia e Chile, que têm presidentes de esquerda.
Após o Conselho Nacional Eleitoral ter proclamado a vitória de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, a oposição elevou as denúncias de fraude, levando parte do globo a não reconhecer o resultado do pleito.
O governo brasileiro exige a publicação dos dados desagregados de cada sessão eleitoral, o que é “fundamental para a legitimidade do pleito”.
Celso Amorim, assessor internacional de Lula, disse que “fica difícil” reconhecer o resultado da eleição sem acesso aos dados. O PT, porém, considera que a eleição foi “democrática e soberana”, internalizando a crise venezuelana ao dar munição para legendas de oposição.
Aparentemente, trata-se apenas do início de uma grande crise, com implicações no Brasil, na América Latina e até na geopolítica global – China e Rússia já abraçaram o resultado pró-Maduro.
Se as ameaças de violência interna se transformarem em distúrbios e conflitos armados, uma solução ficará ainda mais difícil.
Seja como for, dada a proximidade e o perfil de liderança regional, politicamente quem mais tem a perder é Lula, que precisa de uma resposta à sinuca colocada por Maduro.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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