//FERNANDO PESCIOTTA// Mudança em São Paulo



A entrada de Pablo Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo eleva o desespero do cidadão médio paulistano. Se o atual prefeito já é um grande risco de aprofundamento do atraso político, a entrada do idiota profissional é a certeza desse risco.

Como São Paulo tem uma disputa nacionalizada, que pode influenciar a eleição em diversas cidades, é importante contextualizar.

O prefeito da Capital é um grande desconhecido, ex-vereador sem nenhum projeto, um nada que herdou o cargo com a morte de Bruno Covas. Foi indicado candidato a vice do tucano porque o PSDB queria a aliança com o MDB, por causa do tempo de propaganda na TV, e aceitou qualquer coisa. E o MDB não tinha muito mais a oferecer.

Segundo agências de dados, nos últimos dias o embate nas redes sociais ficou polarizado entre o boçal, quer dizer, Marçal, e Guilherme Boulos, ainda à frente nas pesquisas de intenção de voto, isolando o prefeito candidato à reeleição, mesmo que nunca tenha sido eleito.

Nesse cenário, a chapa do emedebista quer caprichar na escolha do vice, de forma a assegurar o apoio do bolsonarismo, sob o risco de ver o voto reacionário migrar para o boçal.

Esse racha teoricamente tende a ajudar Boulos, mesmo com suas dificuldades em unificar a ação dos partidos que o apoiam, como o PT, sempre resistente.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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