- Gerar link
- Outros aplicativos
- Gerar link
- Outros aplicativos
Para a extrema-direita brasileira, que se esconde atrás da religião evangélica, se uma menina for estuprada e engravidar, terá de viver o resto da vida com a consequência disso porque se fizer o aborto terá de ir para a cadeia.
Essa monstruosidade mobilizou milhões de pessoas. Incluindo manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, a reação tem sido vigorosa. Nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp, o tema é predominante.
Considerado uma referência no assunto, o ginecologista Olímpio Moraes, diretor-médico na Universidade de Pernambuco, diz ao jornal O Globo que 80% dos estupros no Brasil são contra meninas que muitas vezes nem sabem o que é gravidez.
A despeito da força midiática de evangélicos e milicianos bolsonaristas, e do farto uso de fake news, o presidente da Câmara, Arthur Lira, se convenceu de que a pressão contrária ganhou tração.
Por isso, na noite de quinta-feira (13) Lira se comprometeu com a bancada do governo a só votar o projeto de lei que equipara aborto a homicídio após a realização de seminários para discutir a matéria.
Lira deixou o bonde andar e nada fez quando o regime de urgência para a proposta foi aprovado. Mas, pressionado, agora diz que o projeto da bancada evangélica (leia-se bolsonarista) será tratado com “cautela”. E garantiu que a proposta não estabelecerá mudanças para casos já previstos em lei, o que não ajuda muito.
Apesar dessa nova fase de Lira, os movimentos contrários à proposta devem continuar, sob risco de a desatenção permitir sua aprovação num colégio tomado por deputados ruins.
---------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.