//FERNANDO PESCIOTTA// Veja bem



O PIB brasileiro avançou 2,9% em 2023. Trata-se de um dos melhores resultados dos últimos anos e que supera as expectativas que economistas do mercado financeiro apresentaram ainda em 2022. Ao longo do ano foram ajustando a projeção.

Os principais jornais do País parecem ter combinado a mesma manchete. Todos cravaram no dia seguinte à divulgação feita pelo IBGE: “PIB cresce 2,9%, mas...”. Todos seguiram a mesma fórmula para tentar jogar água fria no resultado.

O PIB de fato tem alguns poréns, só que há também os positivos. A maior crítica da mídia foi ao mau desempenho do investimento, que ficou em 16,5% do PIB, mas que vinha caindo desde 2020 por uma razão muito simples: a alta assustadora dos juros faz do investidor um herói.

Dada a nova trajetória dos juros, agora de queda, a tendência é de recuperação dos investimentos, que também passam a contar com estímulos inexistentes na gestão anterior.

Por outro lado, o aumento da renda e a melhora do nível de emprego fizeram do consumo o principal personagem do PIB, o que é muito bem-vindo, pois significa melhora da qualidade de vida.

Além disso, os desempenhos do PIB per capita, renda per capita e produtividade deram sinais positivos em 2023, com tendência de novo recorde em 2026, quando o PIB per capita deve superar os R$ 50 mil.

O detalhamento do resultado do PIB, as devidas explicações e, principalmente, um cenário mais equilibrado em 2024 não aparecem nos destaques de uma mídia que continua explicitando a má vontade com governos de esquerda.

É sempre bom fazer um filtro no que se lê nesses jornais.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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