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Há algum tempo o presidente Lula vem alvejando os organismos multilaterais. Suas críticas visam reposicionar o Brasil no cenário global, após quase sete anos de abandono da política externa, e dar respostas a seus públicos interno e externo, buscando um reordenamento global e dentro do PT.
Lula considera que a resposta às mazelas atuais não virá da “extrema-direita racista e xenófoba”, como disse na sua mais recente viagem internacional, ao Egito e Etiópia, onde participou da Cúpula Africana.
Lula também endureceu o discurso contra Israel, cujo governo nunca escondeu sua preferência pelo bolsonarismo, de extrema-direita.
Segundo Lula, a resposta israelense na Faixa de Gaza é desproporcional aos ataques do Hamas e a comparou ao Holocausto. O extremista Benjamin Netanyahu, claro, se incomodou, mas Lula não é o primeiro nem o único a fazer essa comparação. A questão é que sua voz tem amplitude.
Assim como Lula vem tentando recolocar o Brasil na liderança dos países marginais do sistema de poder global, busca apontar para Israel, mirar em Netanyahu e atingir seu adversário interno, além de reforçar posicionamentos dentro do PT.
Lula trabalha para deixar a casa em ordem na campanha da reeleição, preparando o partido para ficar mais alinhado com seus objetivos de centro-esquerda, presidido pelo hoje prefeito de Araraquara, Edinho Silva. Para tanto, precisa por enquanto agradar aos mais radicais.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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