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Levantamento do jornal Folha de S. Paulo revela que o Congresso controla ao menos 30% das verbas de aplicação não obrigatória em sete ministérios. A lista inclui pastas estratégicas, como Saúde, Justiça e Integração. Conforme o jornal, deputados e senadores têm maior poder sobre o orçamento do Esporte (80%) e Turismo (70%), comandados pelo centrão.
A revelação é feita como forma de demonstração da perda de força do governo na tomada de decisões e na aplicação de recursos como orientação de ações da gestão. Mostra, porém, a necessidade de o governo fugir dessas amarras de forma criativa.
Um exemplo é da Caixa, que reivindica a liberação de 5% dos recursos da poupança hoje parados em depósitos compulsórios no Banco Central para injetar R$ 20 bilhões na capacidade do banco estatal de financiar a compra da casa própria.
A medida é uma reivindicação das instituições financeiras para atender a uma demanda aquecida por crédito imobiliário. Ou seja, tem muita gente à procura de financiamento para comprar a casa própria, especialmente agora que os juros começam a cair, mesmo que de forma pouco acelerada. Mas faltam recursos disponíveis porque parte deles está represada no BC.
A liberação de parcela do compulsório teria impacto total no setor bancário de R$ 28 bilhões. A Caixa, como principal operadora da modalidade, seria a maior beneficiada.
A alternativa de irrigar o mercado financeiro para financiar a casa própria tem efeito macroeconômico bastante abrangente. Movimenta a economia, atrai investimento, cria empregos, ativa o PIB e promove a sensação de felicidade dos compradores.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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