//FERNANDO PESCIOTTA// Política sem política

Foto: Lula Marques/Agência Brasil


O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é um homem decidido. Num primeiro momento, ficou em cima do muro, depois disse que ia e acabou faltando ao ato em defesa da democracia realizado pelo governo e que reuniu no Congresso os presidentes dos três Poderes.

Zema alegou que o evento ganhou contorno político, versão comprada por alguns veículos de comunicação e por gente ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que também acabou não indo.

Talvez essas pessoas quisessem que um ato em defesa da democracia fosse algo carnavalesco, com passistas desfilando no Congresso. Ou alguma coisa cultural, com representantes de diversas etnias pedindo igualdade. Ou até religioso, com padres, pastores e mães de santo rezando.

Arthur Lira alegou problema de saúde na família para fugir do ato. Fez pose na rede social, mas fugiu de bola dividida. Afinal, ainda mantém um pé no bolsonarismo e, de olho em sua sucessão, no começo de 2025, não quis desagradar parte do seu PP. Embora integre a base governista, alguns pepistas golpistas acham que não houve tentativa de golpe.

Alheio a essas atitudes minúsculas, e ao contrário dessa gente diversionista, o presidente Lula usou seu discurso para enfatizar de que lado está. Disse que “não há perdão para quem atenta contra a democracia” e que a desinformação e o discurso de ódio foram combustíveis para o 8 de Janeiro, mais uma razão para voltar a pedir a regulação das redes sociais.

----------------------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



----------------------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



Comentários