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A Unidade Básica de Saúde do Alto das Palmeiras deverá contar em breve com um centro de atendimento à saúde mental infantil. A Secretaria Municipal de Saúde ainda está formatando e estruturando os serviços que deverão ser oferecidos às crianças do município.
Embora ainda não tenha sido inaugurada, a unidade vem funcionando de forma experimental há cerca de quatro meses. Além de duas médicas especializadas em psiquiatria infantil, o centro experimental conta com psicóloga e assistente social. Os serviços, no entanto, ainda necessitam de estruturações técnicas.
A maioria dos pacientes são crianças com perfil que não se encaixam nos atendimentos oferecidos pelo Centro Educacional e Social Professora Olga de Souza Vichi, no Bairro dos Macacos, que atende alunos com necessidades especiais das redes municipal e estadual de educação.
O secretário municipal de Saúde, Ricardo Minosso, explicou que não se trata de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi), oferecido a crianças e adolescentes com transtornos mentais. “Trata-se de um centro de atendimento infantil que está sendo estruturado”, salientou.
O serviço oferecido vai atender a uma pequena demanda de saúde mental infantil no município. Ele explicou que não há uma procura significativa por esses serviços. Em apenas dois meses, o secretário informou que é possível encaixar 100% dos pacientes na agenda do médico.
O secretário informou que o município já conta com um neuropediatra, que uma vez por mês vem a Serra Negra para realizar consultas encaminhadas por pediatras da rede municipal de Saúde.
O neuropediatra permanece dois dias em Serra Negra para atender cerca de 15 crianças por dia. O psicopedagogo ou o psicólogo, no entanto, deve fazer o encaminhamento com o relatório psicopedagógico e psicológico ao pediatra, que decidirá se encaminhará ou não ao neuropediatra.
Olga Vichi
O secretário de Saúde negou haver atrasos nas consultas de fonoaudiologia ou de qualquer outra especialidade oferecida pelo Centro Educacional e Social Professora Olga de Souza Vichi, conforme reclamação de pais de crianças frequentadoras da instituição.
Minosso explicou que é impossível que isso venha ocorrendo uma vez que as cerca de 50 crianças atendidas no Olga de Souza Vichi são crianças acompanhadas de forma permanente pelos profissionais.
Ele admitiu, no entanto, que ainda faltam psicopedagogos e terapeutas ocupacionais. Além do serviço de fonoaudiologia, as crianças atendidas pelo centro contam com atendimentos de fisioterapeutas e psicólogos.
Em resposta ao requerimento de vereadores que solicitaram informações sobre programas da prefeitura de apoio aos pais de crianças atendidas pelo Olga de Souza Vichi, o secretário disse que a demanda não chegou até à secretaria de Saúde, mas adiantou que é possível adotar iniciativas e ações para acolher e apoiar os pais, se houver de fato essa demanda por parte dos familiares.
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Salete Silva é jornalista profissional diplomada (ex-Estadão e Gazeta Mercantil) e editora do Viva! Serra Negra.
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