//SAÚDE// Câmara convoca secretário-executivo do Conisca para esclarecer mudança no atendimento



O presidente da mesa diretora da Câmara Municipal, Wagner Del Buono, o Waguinho do Hospital, decidiu convocar o secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Circuito das Águas (Conisca), João Henrique Pinto de Oliveira, para prestar esclarecimentos aos vereadores sobre o encerramento das atividades do Centro de Especialidade Odontológica (CEO), na segunda-feira, 25 de setembro.

A direção do Conisca decidiu demitir toda a equipe de dentistas especialistas em julho e encaminhar os pacientes para clínicas cadastradas em Serra Negra, Águas de Lindoia, Lindoia, Monte Alegre do Sul e Socorro, municípios integrantes do consórcio.

Denúncias de pacientes e de funcionários da área de saúde de Serra Negra e dos demais municípios são de que as consultas estão atrasando ou sem agendamento por falta de clínicas interessadas em prestar seus serviços ao CEO. O Conisca paga aos profissionais R$ 40,00 a hora.

O vereador César Augusto Borboni, o Ney, confirmou a dificuldade do Conisca de contratação das clínicas. “Está uma confusão muito grande”, admitiu Ney na última sessão da Câmara, na segunda-feira, 18 de setembro. Ele informou que os funcionários do Conisca afirmaram que não tem havido interesse em cadastramento por parte das clínicas odontológicas dos municípios.

O Viva! Serra Negra enviou uma série de questionamentos à assessoria de imprensa da prefeitura para saber como estão sendo encaminhados  os pacientes de Serra Negra pela área de saúde bucal da Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve resposta.

A decisão da diretoria do Conisca de terceirizar os serviços da área odontológica e de todo o atendimento de saúde de forma geral teria sido aprovada pelos secretários de Saúde dos municípios integrantes do consórcio, entre eles Ricardo Minosso, secretário de Saúde de Serra Negra.

Sem a adesão das clínicas particulares, o Conisca tem contratado os dentistas concursados que foram demitidos por meio de acordos de pessoa jurídica. Esse novo modelo de contratação, ao contrário do que pretendia a direção, teria elevado os custos com os atendimentos odontológicos do CEO.

O vereador Roberto de Almeida reafirmou na última sessão da Câmara que pretende apresentar um requerimento solicitando a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o que está ocorrendo no CEO. Para ser aprovado, o requerimento necessita de pelo menos quatro assinaturas. O vereador Ney já adiantou que é contra a abertura da investigação. 



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