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O avanço do PIB no segundo trimestre, puxado por indústria e serviços, foi o triplo do projetado por analistas do mercado financeiro, aqueles mesmos que alimentam o Boletim Focus do Banco Central.
Enquanto bancos e gestoras falavam em expansão de 0,3%, o IBGE apontou crescimento de significativos, pela conjuntura, 0,9%. Sobraram aos porta-vozes do tal mercado financeiro críticas a uma suposta inanição dos investimentos, que tiveram avanço de 0,1% no PIB.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB avançou 3,4%, ante expectativa desses analistas de 2,6%.
Com o resultado, esse pessoal de bancos e casas de gestão financeira teve de deitar no divã. Depois de alguma reflexão, reviu a estimativa de crescimento deste ano. A média do mercado exposta pelo Focus era de 2,31%. O Goldman Sachs, por exemplo, elevou sua previsão de 2,65% para 3,25%.
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda também revê a perspectiva para este ano, elevando o PIB de 2,5% para 3,1%.
De acordo com estudo da FGV-Ibre, o crescimento mais lento da população observado no Censo 2022 traz outra boa notícia para a gestão do ministro Fernando Haddad e do presidente Lula: o PIB per capta alcançou o maior valor trimestral da série histórica iniciada em 1996.
Aqui e ali, o que se tem visto são sinais mais positivos do que negativos para a economia, contrariando a má vontade do setor financeiro com o governo, mas trazendo dividendos políticos para Lula.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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