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Foto: Ricardo Stuckert/PR |
A bancada do PT na Câmara apresentou nesta segunda-feira (28) um projeto para anular simbolicamente o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. A proposta está se transformando na mais nova polêmica para a imprensa e, segundo ela, divide a base governista.
Além de indicá-la para um cargo de relevância global, o presidente Lula tem feito diversos gestos em direção a Dilma desde que foi eleito. Não foram poucos os eventos nos quais a colocou no centro das atenções. Em todos eles, a ex-presidenta foi aclamada. Dilma está politicamente recuperada. O que se busca agora é a reparação histórica.
Segundo a proposta do PT, “o objetivo é reparar o passado recente ao corrigir um dos maiores equívocos jurídico-políticos perpetrados contra uma mulher séria, honesta e dedicada à causa pública, quando injustamente lhe foi imutada a sanção de perda do cargo de presidente da República”.
A proposta surge na esteira da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, que dia 21 de agosto decidiu por unanimidade pelo arquivamento de ação de improbidade contra Dilma sobre as supostas “pedaladas fiscais” que serviram de base para seu afastamento político.
Desde a chegada do nefasto Michel Temer à Presidência, e ao longo do tenebroso período do miliciano, foram várias as manifestações de políticos reconhecendo a injustiça cometida contra a petista. Esse período foi fértil para colar em Dilma os adjetivos agora a ela atribuídos pelo PT.
Reparar um erro político é sempre uma iniciativa louvável e bem-vinda. O cuidado a ser tomado é a dificuldade que ainda cerca a governabilidade de Lula no Congresso.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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