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Ilustração: João Teixeira |
Em seis meses de governo Lula, a Polícia Federal descobriu mais sobre o assassinato de Marielle Franco do que a polícia estadual em cinco anos.
O assassinato de Marielle ocorreu num período pródigo para o crime organizado, quando o Rio de Janeiro estava sob intervenção militar comandada pelo general Braga Neto, candidato a vice-presidente no ano passado na chapa do miliciano e dono da chave do Planalto durante quatro anos.
O limite nas investigações no âmbito estadual foi imposto por Braga Neto. As evidências do planejamento e execução do crime revelados nesta segunda-feira (24) pela PF evidenciam a má intenção das forças policiais cariocas.
Ao se aprofundar nas investigações, a PF descobriu coisas óbvias, como o fato de ter mais gente envolvida, que se tratou de crime político, que o assassinato demandou planejamento, grande esforço e investimento. Soube, ainda, que a arma do crime era do Bope, que o carro usado pelos bandidos foi “esquartejado” e que todos têm ligação com a milícia.
A máquina do crime no Rio de Janeiro tem sofisticação miliciana de dar inveja à Máfia. O ex-PM Ronnie Lessa, próximo do miliciano que ocupou o Planalto, foi o executor dos disparos. Ele foi contratado por intermédio do ex-sargento Edimilson da Silva, o Macalé, que depois, em novembro de 2021, foi executado quando caminhava numa avenida do bairro de Bangu, em direção à sua BMW.
Suel, outro bombeiro envolvido no crime, tem salário de R$ 10 mil, mas movimentou R$ 6,4 milhões desde 2019.
A indústria da morte no Rio é requintada e ao contrário das máfias, gosta de aparecer e de mostrar poder. Esse perfil só deixa mais convicções sobre a razão de Braga Neto e demais “autoridades” da segurança pública do Estado nunca terem avançado nas investigações.
Apesar disso, muito em breve saberemos oficialmente quem mandou matar Marielle, e por quê. Até lá, essa gente ficará com os orifícios contraídos.
Terreno preparado – Ao longo de quatro anos no governo, Paulo Guedes arruinou as empresas com sua política econômica sem rumo e juros altos. Agora, virou sócio de uma firma que pretende ganhar dinheiro com planos de recuperação de empresas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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