//CARLOS MOTTA// A Estação Rodoviária serve para quê?

Foto: Prefeitura de Serra Negra

 

A partir deste sábado, 29 de julho, os ônibus, micro-ônibus e vans que trazem turistas a Serra Negra não poderão mais estacionar na Praça Sesquicentenário. Não lembro quando eu e outros serranos havíamos apontado nas redes sociais o absurdo que era usar a querida "Praçona" como estacionamento desses veículos, tal o transtorno que isso causava no trânsito. Sei que faz tempo. 

Segundo informou a prefeitura, de agora em diante os veículos de turismo terão de embarcar e desembarcar seus passageiros em vaga demarcada em frente da Câmara Municipal - que fica na Praçona. Terão dez minutos para essa operação. Depois, deverão estacionar na Avenida Juca Preto, entre os números 1.000 e 1.950,  "em ambos os sentidos sempre do lado direito da rua, respeitadas as vagas de garagem e faixas amarelas", como informa a prefeitura. 

A justificativa para a mudança é mais que óbvia: "As ações ora intentadas e outras que serão também tomadas, visam aumentar o número de vagas para estacionamento de veículos de pequeno porte no entorno da Praça Sesquicentenário, dar maior fluidez e otimizando o tráfego no Município", explica o Executivo serrano. 

Ok, a mudança era mais que necessária. Mas me pergunto se esses ônibus todos parando dez minutos num local de grande tráfego de veículos não vão continuar a atrapalhar o trânsito.

Não seria mais lógico que eles usassem o espaço da Estação Rodoviária para isso, proporcionando mais conforto e segurança para os passageiros, preservando  vagas de estacionamento e não influindo na fluidez do tráfego?

Afinal, a Estação Rodoviária existe justamente para essa finalidade: embarque e desembarque de passageiros. 

Ou não?

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Carlos Motta é jornalista profissional diplomado (ex-Estadão, Jornal da Tarde e Valor Econômico) e editor do Viva! Serra Negra



Comentários

  1. Intervenção necessária, mas chega muito atrasada.
    Mas antes tarde do que nunca.
    A proibição ônibus e caminhões deveria ser todos os dias e não somente nos finais de semana.
    E a Prefeitura deveria criar um espaço para os ônibus e caminhões e não transformar a Juca Preto num estacionamento. Isso parece um absurdo. Resolve um problema e dois são criados.
    Aliás, em muitos pontos é possível ver ônibus e caminhões estacionados na rua atravancando a fluidez do tráfego e gerando situações de risco de acidentes. Tem na João Gerosa, na Francisco Saragiotto, na Maestro Ângelo Lamari, etc.
    Solução paliativa. Não vai resolver de fato o problema do trânsito, das vagas, da mobilidade e da acessibilidade.
    No passado a cidade negligenciou o planejamento urbano e questões de mobilidade, acessibilidade, drenagem e questões ambientais. Hoje colhe os problemas criados.
    Infelizmente, quem analisa o Plano Diretor entregue pela Prefeitura à Câmara Municipal, fica com a sensação que a diretriz de "desenvolvimento" não mudou, ou seja, a prioridade são os negócios imobiliários, o turista e a arrecadação. O munícipe parece ter sido esquecido.
    Depois fingimos que resolvemos os problemas ambientais, de mobilidade, de acessibilidade, de drenagem, de saúde, de qualidade de vida, etc.

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