//CIDADE// Câmara vota contra dividir moedas da "Fontana di Trevi" entre entidades assistenciais



A Câmara Municipal de Serra Negra decidiu destinar os recursos provenientes das moedas recolhidas no espelho d'água da cópia da Fontana di Trevi apenas ao Fundo Social de Solidariedade, presidido pela primeira-dama, Deborah Chedid, conforme previsto no projeto de lei do Executivo votado na sessão de segunda-feira, 15 de maio.

Os vereadores do grupo político do prefeito Elmir Chedid rejeitaram a emenda ao projeto que previa a divisão dos recursos entre o Fundo Social e as demais entidades filantrópicas do município, entre as quais o Amparo Social (Guarda Mirim), o Instituto Nuvem e o Lar dos Velhinhos São Francisco de Assis.

A emenda de autoria de Roberto de Almeida foi assinada também pelas vereadoras Anna Beatriz Scachetti e Viviani Carraro. O vereador Rosimar Gonçalves da Silva mais uma vez deixou de acompanhar seu grupo político para seguir os votos dos vereadores do grupo Chedid.

Almeida explicou que a emenda foi apresentada para atender a reivindicações das entidades sociais do município, carentes de recursos básicos para o dia a dia, para as quais qualquer repasse adicional de verba pode contribuir para as despesas diárias.

O vereador avalia que o Fundo Social de Solidariedade enfrenta menores dificuldades financeiras por contar com a infraestrutura da administração municipal. "Não acho justo privilegiar uma única entidade com a estrutura que tem o Fundo Social", disse o vereador. Ele destacou ainda que pelo menos duas das instituições filantrópicas, a Guarda Mirim e o Instituto Nuvem, atendem crianças e adolescentes.

A vereadora Anna Beatriz Scachetti explicou que apoia a divisão dos recursos entre o Fundo Social e as demais entidades também atendendo ao pedido das instituições filantrópicas. "A Guarda Mirim poderia contratar mais professores e oferecer mais vagas para os alunos no contraturno", salientou.

Os vereadores que votaram contra a emenda fizeram questão de explicar o voto. O vereador Renato Giachetto disse que sem antes ter uma previsão de quanto será arrecadado, considera prematura a divisão dos recursos. "Neste momento vou contra a emenda apresentada. Não tenho previsão de arrecadação", justificou.

A vereadora Ana Barbara Regiane Magaldi usou como argumento a imprevisibilidade de arrecadação e a falta de planejamento. "A gente engessa uma lei que vai contra o planejamento", argumentou. A vereadora avalia ainda que as entidades filantrópicas podem elevar seus gastos na expectativa de receber recursos insuficientes para cobrir novas despesas.

O vereador Leonel Atanázio citou a história do prefeito Elmir Chedid de que teria decidido construir uma cópia da fonte italiana em sua lua de mel. O vereador disse acreditar que o prefeito tomou essa decisão pensando na assistência social. "O prefeito quando jogou a moedinha lá em Roma, ele falou assim, se eu voltar a ser prefeito, essas são palavras minhas, taí um negócio que vai levar um pouco mais de conforto para a nossa assistência social, Deborah se eu voltar a Serra Negra vou fazer essa fonte lá", disse o vereador.

A vereadora Viviani Carraro lamentou a rejeição da emenda com receio de que o tema não volte a ser discutido mesmo depois que o valor da arrecadação dos recursos provenientes das moedas estiver definido. "Será que no começo do ano vamos rever isso aqui?", questionou. 



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