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Depois de a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Secretaria do Patrimônio da União negarem participação acionária no imóvel do antigo Grande Hotel Serra Negra, o assessor de Gabinete do Executivo e presidente da Senetur (Serra Negra Empresa de Turismo), Vanderlei Lona, finalmente esclareceu que a empresa tem como sócio o Fundo Geral do Turismo (Fungetur), vinculado ao Ministério do Turismo, e não a Embratur.
O Fungetur é um fundo de crédito concedido a proprietários de imóveis turísticos. Lona informou que o Fungetur detém 20,3% de participação na Senetur e a prefeitura, 79,7%. A confusão, nunca antes esclarecida nem pelo Executivo nem pelos vereadores do grupo político, que sempre atribuíram a participação acionária à autarquia federal, tem origem na criação da Senetur, em 1984, em parceria com a Embratur.
Em 2020, quando o ex-prefeito Sidney Ferraresso e o então presidente da Câmara Municipal, Wagner Del Buono, foram a Brasília com a intenção de obter 100% de propriedade do hotel para o município, a Embratur já tinha transferido seus ativos para a União. Isso ocorreu depois de 2003, quando foi criado o Ministério do Turismo.
"O Fundo ficou vinculado à Embratur, pois inicialmente era pela Embratur, e isso ficou na memória das pessoas", disse Lona tentando justificar por que o Executivo e os vereadores se referem à Embratur e não ao Fungetur como sócio minoritário da Senetur e do imóvel. A prefeitura nunca emitiu nota para explicar as mudanças e informar que o Fungetur era o parceiro acionário da Senetur.
O Viva! Serra Negra encaminhou ao Ministério do Turismo questionamento sobre a possibilidade de transferência das ações para o município e como isso seria viável. Em resposta, a assessoria de imprensa do órgão informou que enviou as perguntas para a área técnica.
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Salete Silva é jornalista profissional diplomada (ex-Estadão e Gazeta Mercantil) e editora do Viva! Serra Negra
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