- Gerar link
- Outros aplicativos
- Gerar link
- Outros aplicativos
Em uma semana, dois ataques contra escolas, um mais bárbaro do que o outro, vitimando crianças e professoras, são a evidência de que a sociedade precisa rediscutir uma série de coisas, a começar pela onda de ódio que assola o País desde meados da década passada, com ápice nos quatro últimos anos.
Quando uma criança invade a própria escola, esfaqueia em série e passa a viver seu momento de heroísmo em segmentos das redes sociais fica claro que parte da sociedade está muito doente.
Um indivíduo que se sente com desequilíbrios psicológicos e se considera relativamente normal procura um profissional, um amigo, um conselheiro que possa lhe trazer de volta ao prumo.
Mas quando o desequilíbrio é coletivo, é preciso esforços de autoridades, não necessariamente governamentais, mas de lideranças que possam sensibilizar para o perigo que todos corremos nesse caminho de uma sociedade irremediavelmente demente.
Um primeiro passo é pressionar os gestores de redes sociais a se comportarem como gente, não como animais financeiros. É preciso conter os assassinos que incentivam seus pares a saírem pelas ruas matando gente indefesa.
O segundo passo é a regulamentação dessas redes sociais. Já passou da hora de ter algum controle sobre o que se publica sob anonimatos e diante da convicção da impunidade.
Mostrar postadores de mensagem de ódio, e até curtidores, na vitrine dos punidos pela Justiça pode encurtar o mau caminho que estamos trilhando. Mas é urgente. É preciso sepultar a pior parte, a face mais cruel da herança maldita deixada pelo bolsonarismo.
-------------------------------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.