//FERNANDO PESCIOTTA// Shein no Brasil...



A despeito da má vontade da imprensa com o governo, há indicadores e sinalizações positivas no cenário econômico. Para essa perspectiva se confirmar como de grande valia para a gestão, porém, falta combinar com o Congresso a aprovação das propostas, cuja receptividade tem sido melhor do que o imaginado.

Após a viagem do presidente à China, a Shein mandou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informando que vai criar um marketplace no País, num investimento inicial de R$ 750 milhões e criação de cem mil empregos diretos e indiretos em três anos.

A unidade brasileira será um hub para a fabricação e exportação de produtos de moda e estilo para a América Latina. Segundo a empresa, o “robusto” investimento na produção têxtil vai estabelecer parceria comercial com dois mil fabricantes brasileiros.

A montadora chinesa GWM se prepara para começar a produzir carros em Iracemápolis, na região de Campinas, numa unidade que já foi da Mercedes-Benz. O investimento inicial de R$ 10 bilhões significa que o Brasil é o plano A, B e C da empresa, como diz seu presidente.

Segundo a XP, empresas dos EUA, China e Abu Dhabi estão de olho no mercado verde do Brasil. A ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo, planeja investir R$ 4,2 bilhões em energia renovável e instalar projetos eólicos.

Os ativos brasileiros ficaram baratos e isso pode motivar um novo movimento de fusões e aquisições. Especialistas indicam que as empresas estão sendo negociadas na Bolsa com desconto e podem se tornar “pechinchas” para estrangeiros.

Outro sinal de atratividade é que operações bem-sucedidas do Tesouro e do Banco do Brasil no começo do mês abriram perspectivas positivas de captação de bônus internacionais por empresas brasileiras.

O que impede que tenhamos mais notícias positivas para o País, além do pessimismo e má vontade doentios de veículos como a Folha de S. Paulo, é a alta taxa de juros. Excluindo o Banco Central e meia dúzia de puxa-sacos, ninguém mais vê motivo para essa anomalia que é a Selic tão elevada.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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