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O assunto não sai da pauta. Ao contrário, e como se imaginava, mais podres vão aparecendo. O caso das joias milionárias que o miliciano recebeu da Arábia Saudita, ao que se sugere, são pagamento de propina.
Afinal, como bem salientou o ministro Fernando Haddad, há algo de podre no reino de Rio das Pedras, pois ninguém dá e ninguém recebe presente de R$ 16,5 milhões – e se for só isso mesmo.
A Polícia Federal está oficialmente encarregada de investigar o caso que, especula-se, pode ter relação direta com a privatização da refinaria Landulpho Alves (foto), uma das mais estratégicas do País, pois está ligada ao polo petroquímico de Camaçari, na Bahia.
A refinaria da Petrobras entrou no programa de privatização da estatal conduzido pelo miliciano e pelo então ministro Paulo Guedes. A refinaria acabou amealhada pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, país visitado pelo miliciano e onde ele disse, em 2019, que a Petrobras poderia desaparecer que não faria diferença.
O Mubadala pagou US$ 1,8 bilhão por um negócio que técnicos do setor avaliam em US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões.
O caso das joias é oportuno por confirmar que Bolsonaro é ladrão, mas também ajuda a mostrar como sua gestão, junto com seu colega de profissão, Paulo Guedes, dilapidou o patrimônio do País.
Revela, ainda, como a mídia foi incompetente ou colaborativa ao não acompanhar com a devida atenção os detalhes desses negócios nocivos ao interesse público.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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