- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Dados do próprio Banco Central provam que a dose cavalar dos juros, remédio amargo e cada vez mais desnecessário, está afastando pessoas físicas e empresas do crédito. Financiar a compra de bens e investimentos tornou-se proibitivo, o que justifica a grita do governo.
Conforme o BC, o estoque de crédito no sistema financeiro caiu 0,1% em fevereiro ante janeiro, quando já havia caído 0,8%. Analistas de diversas correntes concordam que duas quedas seguidas não são normais.
O que está ocorrendo no Brasil é uma desaceleração do crescimento também por causa do crédito mais difícil por ser muito caro, sinal de estrangulamento da economia como consequência dos juros altos.
A expansão do crédito acumulada em 12 meses, que chegou a 17% em meados de 2022, tem desacelerado e está em 12,6%. Essa redução é resultado da retração que vem ocorrendo mês a mês. A previsão para este ano é que o crédito acumule crescimento de 8%.
Embora porta-vozes do BC tentem justificar o injustificável, estudos de bancos privados mostram um cenário desafiador.
O Goldman Sachs, por exemplo, considera que a desaceleração do crédito é impulsionada pela menor demanda, em particular de empresas, mas também identifica um efeito na menor oferta por parte dos bancos.
Evidencia-se que o objetivo do BC é usar a política monetária para estrangular a economia.
Muitas vezes já repeti que o receituário conservador de combate à inflação não leva em consideração as muitas peculiaridades elevação de preços num país tão diverso e usa remédios nem sempre os mais adequados para o momento.
É o que tem feito o BC de Roberto Campos Neto. É impossível não fazer uma leitura política de seu comportamento
-------------------------------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.