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//DIA INTERNACIONAL DA MULHER// Vera, 38 anos atendendo o público. Nos sábados, domingos, feriados...
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Vera: "Muitos não gostam de trabalhar no comércio porque precisam trabalhar aos sábados, mas eu não me importo" |
Vera Lúcia Godoi de Paula, 62 anos, vai completar em outubro 38 anos como balconista do comércio da Rua Coronel Pedro Penteado. Ao longo dessas décadas, assistiu ao desenvolvimento e modernização das lojas. Apesar de aposentada há alguns anos, Vera ainda é funcionária da Limited, loja da mesma empresa onde começou a trabalhar, em meados dos anos 1980.
Vera é uma das moradoras de Serra Negra escolhidas para ser homenageada no Dia Internacional da Mulher, em solenidade na Casa da Cultura e Cidadania Dalmo Dallari, dia 8 de março, às 20 horas, em evento promovido em conjunto com o portal Viva! Serra Negra.
Assim como as sete outras homenageadas, trabalhadoras das áreas da educação, saúde, comércio, turismo e agricultura, além de ativistas da área ambiental e de defesa e proteção dos animais, Vera vem contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da cidade.
Receberão a homenagem as seguintes cidadãs e trabalhadoras de Serra Negra: Vera Lúcia Godoi de Paula (comerciária), Iza Bordotti de Carvalho (ativista ambiental), Neusa Aparecida de Paula (enfermeira), Clarice Ramalho Alves (merendeira), Ramona Calouro (agente de saúde), Luciana Silva Ramos (guia de turismo), Isabel da Borda de Lima (agricultora) e Adriana De Biasi Dorigatti (ativista da causa animal).
"O comércio mudoumuito na Rua Coronel"
"Comecei a trabalhar na lavanderia do Hotel Auto Tour. Trabalhei lá uns dois anos e depois fiquei uns três anos sem trabalhar fora. Depois trabalhei fazendo artesanato e em 1985 entrei aqui com eles. Eles produziam calçados e tinham a loja de calçados Joia.
Depois tudo foi mudando. Durante 14 anos trabalhei com calçados, depois eles mudaram para o comércio de roupas. Muitos não gostam de trabalhar no comércio porque precisam trabalhar aos sábados, mas eu não me importo de trabalhar aos sábados, domingos e feriados.
O comércio mudou muito na Rua Coronel. Antigamente era outra coisa. Havia mais movimento, a gente vendia mais. Com a internet ficou ainda mais difícil. O comércio, tanto no início com o calçado quanto com o tricô depois, tinha o varejo como ponto forte. A cidade lotava aos sábados e domingos.
Praticamente só mulheres trabalhavam no comércio da Coronel. Agora é que tem alguns homens. Para as solteiras é mais fácil do que para as casadas. Mas todas se adaptam porque precisam do trabalho. Os meus patrões são muito bons e é como a família da gente."
Casa da Cultura e Cidadania Dalmo Dallari
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