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Em meio ao embate entre o governo do presidente Lula e o Banco Central, se consolidam as convicções de que os gestores da Americanas impingiram o maior escândalo financeiro da história. Há uma relação entre uma coisa e outra que precisa ser observada.
Tudo indica que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, cujo avô foi um ícone da economia da ditadura militar dos anos 1960 aos 1980, tem agido no mínimo fora dos parâmetros éticos e sempre esteve mais alinhado ao bolsonarismo do que à apregoada independência do BC.
O problema é que suas decisões com viés político são entendidas pela mídia como técnicas, de preservação do equilíbrio econômico e do combate à inflação com os métodos mais tradicionais de uma economia capitalista e liberal.
Os jornalistas, por sua vez, se apoiam em opinião de “analistas”, que são uma mistura de economistas e operadores de mercado. Ou seja, estão sempre de olho em bons negócios para si ou para quem lhes paga salários ou comissões milionários. Espertos, tentam sempre manipular o ambiente para o lado que lhes é mais lucrativo.
Esses “analistas”, portanto, são os mesmos que há décadas respaldam comportamentos nada éticos e nada profissionais de gente como Pedro Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, os “gênios” que transformaram a Brahma na maior fabricante de cerveja do mundo e gerem a Americanas há anos.
Essencialmente, eles são os principais responsáveis não só pela bancarrota da varejista, mas também pela fraude bilionária, a maior da história corporativa do Brasil.
Os “analistas”, almofadinhas da Faria Lima que querem ditar regras, se acostumaram a tutelar governos, com o objetivo de impor seus lucros e manter uma enorme fatia da população reinando na pobreza, de forma a ampliar seu poder.
É óbvio que num mundo tão globalizado e dependente de determinadas diretrizes econômicas, é necessário encontrar um ponto de equilíbrio. A estratégia utilizada por Lula talvez não seja a ideal. Ele deveria convocar um líder político ou um ministro para bater no presidente do BC e nos bastidores buscar uma solução. Mas que dá vontade de maltratar essa gente, isso dá.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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