//FERNANDO PESCIOTTA// Punir e reconstruir



Um país se faz com cidadania, democracia e o cumprimento da lei, entre outros atributos essenciais para o convívio social e o desenvolvimento econômico e humano, entre outras coisas.

O cumprimento da lei não pressupõe anistia a criminosos políticos. Todos os golpistas presos em Brasília caminham para o banco dos réus e deverão ser exemplarmente punidos. E isso inclui militares.

Diferentes instâncias jurídicas têm se pronunciado a favor do pleno julgamento de fardados envolvidos na tentativa golpista.

A próxima trincheira de punições deverá ser o próprio Judiciário, que resguardou nos últimos anos juízes e desembargadores apoiadores do miliciano e do golpismo.

Exemplo disso é a juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara Criminal, de Júri e de Infância e Juventude de Unaí (MG). Apoiadora do miliciano e da pandemia que matou 700 mil brasileiros, ela ficou famosa pelas postagens em redes sociais de fotos junto com Olavo de Carvalho e de manifestações contra decisões de instâncias superiores, além de ter estimulado a desobediência de medidas anti-covid.

Ludmila foi afastada pelo Conselho Nacional de Justiça e corre o risco de ser expulsa da magistratura. Não só pelos equívocos éticos e descumprimento de normas de comportamento do Judiciário, mas também por incompetência.

No ano passado, uma correição extraordinária determinada pelo Tribunal de Justiça identificou 1.291 processos parados, a maioria envolvendo pessoas presas aguardando recursos e outras decisões judiciais. Ludmila é uma pessoa do mal.

Há vários outros casos na pauta do CNJ. Gente graúda será punida. É assim que se reconstrói o País dilacerado pelo genocida.

Sem anistia.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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