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Jefferson Rudy/Agência Senado |
O Brasil viveu neste 1º de fevereiro um dia histórico, de virada de chave. Na política, mais do que uma máxima, a realidade é que tem poder quem tem perspectiva de poder. No conjunto da obra, a superquarta, como está sendo chamada, demonstrou que Lula concluiu o arcabouço para assumir de fato o poder do País.
Entre tantos acontecimentos, como a decisão dos juros no Brasil e nos EUA, posse de parlamentares e abertura do ano do Judiciário, chamou atenção a cena de Ciro Nogueira, o homem forte da Casa Civil bolsonarista até o final de dezembro, agora isolado, sozinho, acompanhado apenas de seu celular entre as cadeiras do Senado.
É a imagem do fim do poder dos milicianos e dos militares de fralda, que se juntaram na tentativa de fixar uma base de resistência no Senado. Braga Neto e Luiz Carlos Ramos tiveram participação ativa na candidatura de Rogerio Marinho.
A eleição de Rodrigo Pacheco (foto), porém, com a margem de votos dentro do esperado, afastando a zebra bolsonarista, mostra a capacidade de aglutinação do governo petista.
O discurso de Arthur Lira, também reeleito presidente da Câmara, ilustra a nova ordem governamental, goste-se ou não do líder do Centrão.
Ao final de um dia histórico, o cenário está desenhado para a apresentação de pautas de interesse do governo Lula no Congresso.
Falta muita coisa a ser arrumada, é verdade, mas os passos estão sendo dados e resta ao presidente e seus ministros trabalhar proativamente para colocar em prática a proposta aprovada nas urnas, para concretizar uma gestão em favor de maior igualdade, justiça social e desenvolvimento sustentável.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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