//FERNANDO PESCIOTTA// Flagrante na tentativa de golpe



Assessores e puxa-sacos do miliciano passaram a temer pelo depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que deve ocorrer neste sábado (14), assim que ele voltar da fuga aos EUA. Esse entorno do genocida acha que Torres pode até fazer uma delação premiada.

Isso por que a Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro uma minuta de decreto para instauração de estado de defesa na sede do TSE e reverter o resultado das urnas.

Havia a intenção, ainda, de criar uma comissão revisora dos votos e abrir o sigilo dos ministros do TSE. Em bom português, era o decreto do golpe.

Conforme a minuta, quem pretendia se impor pela força queria acusar o Judiciário e o tribunal eleitoral de abuso de poder, suspeição e medidas “ilegais” para deslegitimar o resultado das urnas.

Evidenciou-se o golpismo. Ficou escancarada a tentativa de crime, com a conivência de muita gente, incluindo fardados. Piora a situação do miliciano e, principalmente, de Torres.

Aliado há anos do bolsonarismo, com envolvimento no desvio de verbas públicas que deveriam pagar assessores parlamentares, Torres tentou dar uma desculpa que acabou saindo pela culatra.

Ele disse que o documento fazia parte de uma pilha que ele recebera e iria triturar “no Ministério da Justiça”.

Bem, se ele tinha em mãos um documento que propunha um crime, como ministro da Justiça deveria ter denunciado e mandado investigar. Levando-o para casa, prevaricou. E como iria triturar no MJ se ele não é ministro já há duas semanas? Ia pedir para Flávio Dino fazê-lo?

Respostas neste sábado.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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