- Gerar link
- Outros aplicativos
- Gerar link
- Outros aplicativos
Os veículos de imprensa considerados de maior relevância no Brasil compõem um mosaico de gente mal resolvida. Muitos adjetivos pejorativos podem ser utilizados para classificar os empresários do setor e, em boa maneira, os carreiristas que ocupam cargos de chefia.
Esse grupo, que há décadas tenta achar uma solução para a constante crise financeira que o afeta, teima em repetir erros em suas linhas editoriais. Os mesmos veículos que diziam ser difícil escolher entre o professor universitário, ex-ministro, ex-prefeito e o miliciano, agora mostram os dentes para manter uma ofensiva contra o governo Lula.
Desde a posse se passaram apenas cinco dias, tempo suficiente para entender que a orientação é para constranger e intensificar as cizânias.
“Quais os projetos de Haddad que o investidor deve monitorar.” “ Petistas ignoram Lula, cogitam reeleição em 2026 e incomodam aliados.”
Esses são apenas dois pequenos exemplos de como o cerco promete ser intenso. Há uma fartura de “reportagens” sem nem menção de fonte da “informação”. Bastidores são a pauta prioritária, pois eles permitem navegar em histórias sem fontes.
Há alentos, porém. O discurso de posse do ministro Fernando Haddad, que reafirmou o compromisso com o ajuste fiscal e corte de gastos, foi bem recebido. Mas até aí entra intriga.
Houve o entendimento de que Haddad foi desautorizado pela área política com a decisão do governo de manter a desoneração da gasolina.
Nos tempos do genocida, a mídia comeu o pão que o diabo amassou. Teve de conviver com o chiqueirinho na porta do Alvorada, praticamente não tinha fonte nenhuma no Planalto, onde nem lhe serviam um café. Os recursos também sumiram. Ainda assim, preservou Paulo Guedes até o fim. Ninguém botou fogo em nada pelo descumprimento de metas, pelo rompimento do teto de gastos.
Em nome do combate ao PT, a imprensa não cansa de perder oportunidade de mostrar aprendizado.
Feliz 2023.
---------------------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.