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Educação e tecnologia

A Secretaria Municipal de Educação de Serra Negra vai oferecer em 2023 uma sala de informática para capacitar professores e disponibilizar equipamentos para que os alunos possam aprender a criar e editar músicas, vídeos, fotografias e desenhos digitais. No total serão investidos R$ 1,7 milhão, segundo o edital de licitação divulgado no Diário Oficial de 11 de novembro, na contratação da empresa Faz Educação e Tecnologia, de São José dos Campos, especializada em tecnologia educacional.  

Infância conectada

A Secretaria não divulgou à população informações mais detalhadas sobre o projeto. O anúncio foi feito pelo prefeito Elmir Chedid durante a cerimônia de formatura dos alunos da rede municipal. Professores consultados pelo Viva! Serra Negra desconhecem o projeto. Chamado de "Infância Conectada" pelo prefeito, o programa deverá contar com uma sala de informática equipada com Ipads Apple e tecnologia digital, localizada na Avenida João Gerosa, 98, no prédio onde funcionava o Fundo Social de Solidariedade.
 
Bragança já tem

A empresa contratada pela prefeitura de Serra Negra para oferecer a tecnologia do programa "Infância Conectada" já está desde setembro oferecendo seus serviços para a prefeitura de Bragança Paulista, comandada por políticos do mesmo grupo do prefeito Elmir Chedid e seu irmão deputado Edmir Chedid. O prefeito anunciou investimento de R$ 846.000,00, cerca de R$ 70.500,00 mensais. A licitação, no entanto, inclui valores para 2024, totalizando quase R$ 1,7 milhão.
 
Recursos do Fundeb

O lançamento de um novo programa na área da educação em 2023 já tinha sido noticiado pelo Viva! Serra Negra na coluna Notas Serranas, da edição de 20 de novembro (www.vivaserranegra.com/2022/11/notas-serranas-o-que-voce-precisa-saber_20.html). A informação foi dada pelo presidente da Câmara Municipal, César Borboni, na sessão de 14 de novembro, durante uma discussão sobre requerimento que questionava o Executivo sobre como a área da educação investiu cerca de R$ 8,6 milhões, repassados pelo governo federal ao município em 2022, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os professores querem saber se a verba está sendo usada para capacitar e melhorar a renda dos profissionais do setor.

Falta neuropediatra

Um dos gargalos da educação infantil no município é a ausência de um profissional especializado e capacitado para emitir os laudos médicos das crianças com dificuldades de aprendizagem. O Centro Educacional e Social Professora Olga de Souza Vichi oferece terapias como psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Muitas crianças, no entanto, continuam sem acesso a esses serviços devido à falta de um neuropediatra. O secretário de Saúde, Ricardo Minosso, disse, na última reunião do Conselho de Saúde, que a contratação desse profissional é uma das metas para 2023.

Menos recursos

A prefeitura prevê para 2023 um orçamento para a área da saúde de cerca de R$ 36 milhões, valor inferior aos R$ 38 milhões efetivamente gastos em 2022. A expectativa do secretário Ricardo Minosso é contar com a suplementação de verbas repassadas pelo Estado e governo federal ao longo do próximo ano. Boa parte dos recursos se destina à folha de pagamento, que deverá consumir cerca de R$ 7 milhões. As consultas e tratamentos no Conisca deverão custar cerca de R$ 6,5 milhões aos cofres da prefeitura. Mantido o atual convênio, cerca de R$ 12,6 milhões serão repassados ao Hospital Santa Rosa de Lima. A secretaria deverá realizar audiência pública para detalhar os gastos previstos para 2023.

Eleição na Câmara

O desentendimento entre os vereadores do grupo de apoio ao prefeito Elmir Chedid e os da oposição na eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal deve provocar mudanças na dinâmica da votação dos projetos no próximo biênio. A chapa eleita excluiu da composição da mesa a vereadora Viviani Carraro (Avante) e seu partido é o único que ficou mais uma vez de fora do comando dos trabalhos. A eleição de uma chapa integrada só por homens excluiu também a participação feminina da direção da Casa.

Fratura exposta

A vereadora Viviani chamou a Câmara Municipal de antidemocrática e disse que o processo eleitoral para a escolha da nova mesa diretora revelou a desunião do grupo. "Achei que éramos unidos, mas vi que não, infelizmente", lamentou. Viviani lembrou que para evitar expor as divergências partidárias no plenário durante as votações dos projetos enviados à Câmara pelo prefeito Elmir Chedid, o presidente durante os dois primeiros anos da  atual legislatura, César Borboni, o Ney, tentava nos bastidores um consenso entre os vereadores. Essa estratégia contribuiu para que todos os projetos fossem aprovados por unanimidade sob a batuta de Ney.
 
Novos tempos

O presidente eleito, Wagner Del Buono, o Waguinho, provavelmente herdará um ambiente menos harmonioso entre os vereadores e enfrentará mais dificuldades para garantir as aprovações por unanimidade dos projetos encaminhados pela prefeitura. Embora todos os vereadores tenham afirmado que as decisões da Câmara Municipal visam de forma prioritária o benefício da cidade, o processo eleitoral da mesa diretora garantiu a vitória dos interesses políticos da situação, que conta com a maioria no Legislativo.
 
Aplacando os ânimos

Os vereadores tentaram amenizar o clima de discórdia que prevaleceu durante a sessão de votação da nova mesa diretora da Câmara Municipal e que marcou a inauguração da sede no Palácio Primavera, na Praça Sesquicentenário, no Centro. Alguns vereadores, entre os quais Renato Giachetto, usaram a palavra para elogiar cada um dos colegas. "Todos os onze cada qual defendendo seu ponto de vista construiu seu tijolinho numa coisa chamada democracia nessa Casa de Leis", disse. Outros vereadores também usaram a palavra para amainar o clima, mas a vereadora Viviani Carraro deixou o plenário antes mesmo de encerrada a sessão.

Raio X dos colegas

Renato Giachetto abriu seu coração na sessão da Câmara Municipal que elegeu, em meio a discussões e polêmicas, a nova mesa diretora da Casa. Ele aproveitou a ocasião para agradecer, um a um, o convívio com seus colegas nos dois primeiros anos desta Legislatura. Os destaques de sua fala foram para Ana Bárbara Magaldi ("Uma pessoa que eu não tinha muito contato, e não me esquivo em dizer, que eu não gostava muito...não que eu não gostava, mas acho que o nosso santo no começo não cruzava, mas nesses dois anos eu aprendi a admirar"), Beraldo Cattini ("Num primeiro contato ele reconheceu que escorregou, mas depois foi que nem lava de vulcão, se solidificando, foi estudando, e hoje é uma pessoa assim de uma visão de falcão"), Cesar Borboni, o Ney ("Uma pessoa que veio, agregou, mas ninguém é perfeito") e Anna Beatriz Scachetti ("Minha amiga e colega de profissão, que tem um futuro pela frente. Tem de ser lapidada? Tem. Tem muita coisa pela frente? Tem. Mas é da idade. É uma pessoa de berço, tem o DNA de um grande político, o Paulo Scachetti"). 

Última Sessão

A última sessão deste ano do Legislativo serrano tem uma pauta recheada. A Câmara Municipal vai apreciar sete projetos de lei. O mais importante para a cidade é o do Orçamento para o próximo ano, em segunda votação. Depois, vão ser aprovados projetos que dão nomes a ruas e a uma praça; um que cria vagas efetivas para o quadro do funcionalismo público; e outro que autoriza a prefeitura a abrir crédito adicional de R$ 15 mil para compra de material de consumo - seja lá isso o que for. Por fim, um projeto que merece destaque é o que autoriza o Executivo a instituir o Programa Imposto Verde no município.
 
Conselhos Municipais

O Conselho Municipal de Assistência Social realiza eleição para renovar os conselheiros, no dia 27 de dezembro, às 15h30, na Secretaria de Assistência Social/Creas. Os nomes foram praticamente indicados pelos atuais conselheiros e já se encontram com os dirigentes da pasta. Todos os cidadãos domiciliados em Serra Negra podem votar. A falta de informação sobre o funcionamento dos conselhos municipais tem sido alvo de críticas constantes da imprensa e também de vereadores.
 
Faltam informações

Além de a prefeitura não disponibilizar informações atualizadas sobre datas das reuniões, alguns conselhos municipais sequer divulgam suas atas para a população. Além disso, não há um local fixo para a realização dos conselhos. Atualmente, alguns conselhos, como o de Turismo e de Saúde, realizam a reunião mensal numa sala do mezanino do Centro de Convenções. O Conselho Comunitário de Segurança se reúne na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Conselho de Agricultura deixou de realizar uma de suas reuniões bimestrais, que deveriam ter ocorrido em outubro.
 
Democracia e recursos

Atualizar as informações, estimular a participação dos cidadãos e apresentar os resultados das reuniões à população poderiam estar na agenda de prioridades da prefeitura para 2023. Os conselhos municipais são uma das principais ferramentas das administrações democráticas. Além disso, os conselhos municipais aprovam projetos que recebem recursos dos governos do Estado e federal, como o R$ 1,3 milhão repassados pelo Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), do governo de São Paulo, para a construção da cópia da Fontana Di Trevi. Outros projetos da cidade, como a polêmica reforma da Praça da Matriz, poderiam ter sido submetidos a uma discussão mais ampla da população.
 
Promessas de campanha

Assim como a situação do imóvel onde funcionou o Grande Hotel Serra Negra, que deve continuar indefinida com a mudança dos governos estadual e federal, Serra Negra ficará sem ver cumprida pelo menos duas promessas feitas por secretários do atual governador, Rodrigo Garcia, que ainda não conseguiu emplacar um aliado para a equipe do novo governador, Tarcísio de Freitas. O secretário de Turismo e Viagem, Vinícius Lummertz, prometeu R$ 13 milhões para a construção de uma plataforma de vidro no Alto da Serra, e o secretário de Transportes prometeu R$ 47 milhões em pavimentação asfáltica para seis estradas do município. As promessas foram feitas pessoalmente nas vésperas das eleições ao presidente da Câmara, César Borboni, e ao prefeito Elmir Chedid. 



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