//FERNANDO PESCIOTTA// Luz e trevas



Brasília viveu nesta segunda-feira (12) dois momentos distintos.

Durante o dia, a civilidade de um momento histórico na diplomação do terceiro mandato de um mesmo presidente da República democraticamente eleito. À noite, a escuridão terrorista de quem não sabe viver em democracia.

A diplomação de Lula foi marcada pela dura defesa do processo democrático e da lisura eleitoral. Ficou evidente o esforço para combater os golpistas que desejam implantar um regime de exceção com “ataques covardes” e uma indústria de desinformação.

Ao falar por 14 minutos, quando chorou ao lembrar da sua primeira posse e da prisão em Curitiba, Lula citou a palavra democracia 19 vezes. Segundo ele, as ameaças são globais e é necessária uma permanente vigília contra os extremistas. “A democracia precisa ser semeada, vigiada.”

À noite, apoiadores do miliciano tentaram invadir a sede da Polícia Federal para resgatar um índio preso a pedido da PGR e vandalizaram a cidade, colocando fogo em carros e ônibus.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o tal pastor indígena bolsonarista Serere Xavante dizendo que Lula não tomará posse e convocando pessoas armadas para agir contra o presidente eleito.

Outro exemplo de macheza nas redes e covardia diante da polícia, depois de preso o tal pastor pediu que os terroristas cessassem a violência.

O governador do Distrito Federal disse que os ataques “extrapolam todos os limites” e que a ordem é para que os criminosos sejam presos.

Diria que já passou da hora. Há muito tempo se evidencia que estamos tratando com criminosos profissionais. Tanto assim que caminhões usados em bloqueios golpistas em rodovias estiveram envolvidos em tráfico de drogas, contrabando e crime ambiental, constatado pela Polícia Rodoviária Federal.

Os métodos usados na noite desta segunda-feira em Brasília são os mesmos adotados em ataques em Sinop (MT). São os mesmos bandidos, financiados pela mesma máfia. Devem ir para a cadeia, junto com o chefe da organização que em breve deixará o Alvorada. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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