//FERNANDO PESCIOTTA// O papel da polícia e o nazismo



Policiais militares batendo continência para bandidos que interrompiam o trânsito em rodovias e policiais federais rodoviários atuando em favor de um governo golpista são demonstrações da necessidade de se repensar a força pública brasileira.

Some-se a isso a triste imagem de centenas de trogloditas fazendo saudações nazistas, confirmando ameaças apontadas neste espaço há mais de um ano. Concluímos que maus policiais se unem a uma facção criminosa colocando em risco a democracia e a integridade das pessoas. É preciso interromper essa trajetória.

Alterar o funcionamento de todas as polícias é como mexer num vespeiro, mas se o País quer avançar, se desenvolver e se modernizar, terá de abandonar tabus.

Há muito se diz que a população tem mais medo da polícia do que de bandidos, numa figura de linguagem reveladora do modus operandi de soldados e agentes mal preparados, mal orientados e mal pagos.

Não podemos mais ter uma polícia que bate continência para bandido e mata pretos e pobres inocentes, policiais que agem politicamente para beneficiar nazistas enquanto mata Genivaldos.

De modo geral, falta inteligência para as polícias, em todos os sentidos, como alertou Fernando Haddad na campanha eleitoral. Uma rara exceção é a Bahia, que teve um único bloqueio em rodovias por que o serviço de inteligência do Estado, governado pelo PT há 16 anos, soube da tentativa de golpe de “caminhoneiros” teleguiados uma semana antes do segundo turno e agiu preventivamente.

Há muito o que mudar no País, mexer no esgoto deixado pela gestão de extrema-direita. Será preciso escalar prioridades, mas sem perder de perspectiva a revisão do sistema de segurança pública. É fundamental para Lula ser bem-sucedido.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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