//FERNANDO PESCIOTTA// Escalar ou não escalar



Jayme Garfinkel, acionista da Porto Seguro, se diz otimista com o governo Lula, por quem optou no segundo turno, e não vê risco de desarranjo econômico na futura gestão.

Para ele, o presidente eleito precisa de tempo para anunciar seus ministros, não deve ceder à pressão do mercado e considera que Fernando Haddad à frente da economia não seria um problema.

A declaração dada ao jornal Valor Econômico o destoa de seus pares e até de parte dos congressistas. O que se vê é um desejo profundo pela revelação do futuro ministro.

A justificativa dos agentes do mercado financeiro é que a indicação do ministro sinalizaria a cara do novo governo. Será de responsabilidade fiscal ou Lula vai dar chutar o balde e gastar o possível e o impossível para vencer os desafios sociais, que são gigantescos.

Mesmo entre aliados do petista há quem ache que a indicação do ministro facilita a negociação com o Congresso para a aprovação da PEC que abre espaço para o pagamento de benefícios sociais.

A simples especulação de que o Ministério da Fazenda ficará com Fernando Haddad em parceria com o economista Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real, animou os investidores e num só dia a B3 teve uma alta que quase recuperou a perda acumulada no mês.

Especula-se que nesta sexta-feira (25) o PT se reúne para decidir se escala os ministros. Se me perguntassem, diria que sou a favor de colocar o time em campo.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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