//FERNANDO PESCIOTTA// O triste exemplo da Ypê



Além de constranger e ameaçar trabalhadores tentando impor o voto de cabresto, retrocedendo um século, empresários como a família Beira, dona da Ypê, estão lado a lado com o goleiro Bruno, que matou e esquartejou a mulher, de Flordelis, que mandou seu filho matar o marido, do pedófilo e estuprador Gabriel Monteiro e de Guilherme de Pádua, que matou brutalmente a atriz Paula Thomaz.

Pintou um clima entre eles.

Só neste segundo turno, a turma de bacanas já fez doações de R$ 24 milhões para o genocida.

É preciso entender as reais motivações dessa gangue, que está longe de ser a melhora do País ou da nossa gente. Seus objetivos tampouco são escusos, no sentido de ocultos. A meta é manter um sistema anacrônico, desigual, onde quem tem dinheiro terá ainda mais e imporá suas vontades.

A família Beira está entre os maiores doadores para a campanha do pedófilo, com R$ 1 milhão. Visa assegurar a manutenção do sistema que lhe permite vender produtos vagabundos para uma faixa da população sem recursos para comprar coisa melhor.

Se houver refinamento da qualidade de vida e da renda do trabalhador, terão de investir, reduzir astronômica margem de lucro, sob pena de desaparecerem do mercado.

Para muitos empresários, a manutenção da pobreza é a razão de sua fortuna.

Outro exemplo são as empresas de segurança privada. Vivem da exploração de mão de obra barata para iludir com a sensação de segurança a endinheirados que ignoram a fome e a pobreza.

AutoDefesa Brasil e Gocil são empresas de segurança com as maiores doações ao bolsonarismo em São Paulo.

A essa corja de atrasados não interessa o avanço dos trabalhadores. Engrossa o coro de Paulo Guedes, queixoso de tanta gente querendo ir para a universidade, de domésticas na Disney e populares nos aeroportos. Essa gangue tem a necessidade de repetir que é impossível todo mundo comer picanha, pois o privilégio deve ficar restrito a eles. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




Comentários

  1. Ficou bem claro ontem no debate quando Bolsonaro defende cursos de marceneiro e enfermeiro para os estudantes não quer ver pobres em cursos superiores

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