//FERNANDO PESCIOTTA// Desespero do aloprado



Um candidato em segundo lugar nas pesquisas precisa tirar votos do líder para poder sonhar com a vitória. Essa tarefa é ainda mais necessária, e ao mesmo tempo dificultada, quando as mesmas pesquisas indicam que 80% dos eleitores estão decididos.

Os últimos levantamentos reforçam a ideia de que Bolsonaro tem se mostrado, ao menos até aqui, um fracassado. Mesmo investindo bilhões dos cofres públicos em sua campanha, não consegue tirar votos de Lula.

Ao contrário, Lula avança, principalmente entre eleitores de baixa renda. Na pesquisa Ipec divulgada no início da semana, o petista cresceu 11 pontos porcentuais entre eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos e que recebem algum benefício do governo.

No resultado final, Lula também cresceu, embora no limite da margem de erro, para 46%, ante 31% do genocida.

Duas explicações são possíveis para o crescimento e a grande vantagem de Lula principalmente entre os mais pobres.

A primeira é que o petista é visto como o pai do Bolsa Família – ninguém vai tirar esse título dele – e como o candidato mais identificado com a possibilidade de manutenção dos benefícios sociais.

A segunda explicação é que o salário mínimo não teve nenhum reajuste além da correção monetária em todos os anos de governo Bolsonaro, o que evidencia o quanto ele sempre desprezou a massa da população.

Com essas adversidades, sobrou a Bolsonaro intensificar as mentiras, ataques e falsidades. Mas dizer agora que “aloprou” não significa negar que sempre desprezou a vida dos brasileiros. Precisa pagar por isso.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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