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Ao contrário do discurso oficial do governo na campanha pela reeleição, sob Bolsonaro o Brasil cresce menos do que a média mundial, segundo estudo do Ibre-FGV.
Nunca é demais lembrar que o País não tem um projeto econômico. Bolsonaro foi eleito dizendo que seguiria a cartilha liberal de Paulo Guedes, o que não quer dizer nada.
A cartilha liberal de Guedes se resumia a deixar o mercado fazer o que bem entendesse, o que também não se concretizou, como mostra, por exemplo, a recente intervenção eleitoreira na Petrobras.
Na gestão do genocida, nunca houve nenhum planejamento estratégico para o País. A única cartada era a privatização, e nem isso evoluiu como imaginado.
De 2020 a 2022, o crescimento da economia brasileira deverá ter uma média de 1,1%, ante 1,8% da média mundial. Para 2023, as projeções para o Brasil são de crescimento de 0,5% e para o mundo, de 2,3%.
A consequência disso é o surgimento de 33 milhões de famintos, 40 milhões de miseráveis, com a perversidade de surgimento de mais de 1,5 mil novos milionários.
A recente queda do preço dos combustíveis, insustentável por estar baseada em renúncia fiscal com data de validade, traz alento a uma classe média baixa de nível escolar raquítico, incapaz de enxergar ali na frente.
Essa faixa de renda de dois a cinco mínimos e o topo da pirâmide são as únicas em que Bolsonaro está um pouco à frente de Lula nas pesquisas de intenção de voto. A primeira, por falta de capacidade de visão e a segunda, pela concentração de renda que lhe é vantajosa.
Esta semana é pródiga em pesquisas de intenção de voto. Teremos pelo menos uma por dia, até sábado. A primeira a sair nesta segunda-feira (26) reforça a chance de vitória de Lula já no domingo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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