//FERNANDO PESCIOTTA// Assassinato da Educação



Enquanto usa novamente uma viagem oficial, paga pelo contribuinte, para fazer campanha eleitoral e se expõe à vergonha internacional por usar o funeral da rainha para angariar votos, Bolsonaro deixa o País no lixo.

Muito se fala sobre as mazelas provocadas pelo pior governo de todos os tempos. Além das quase 700 mil mortes provocadas pelo comportamento do genocida na pandemia, os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tangibilizam o desastre.

As notas da avaliação despencaram, expondo o desprezo de Bolsonaro pelo ensino e incoerências da gestão do Ministério da Educação.

As notas baixas são creditadas ao fechamento das escolas na pandemia, mesmo que o ministério tenha como ênfase o ensino em casa. Se o foco das ações da pasta é deixar a criança em casa, ter ficado longe da escola não deveria ser uma desculpa para o péssimo desempenho.

É preciso lembrar sempre que por duas vezes Bolsonaro vetou a destinação de recursos que garantiriam o acesso à internet de todos os alunos dos ensinos básico e fundamental. O dinheiro precisava abastecer o orçamento secreto, o sistema de corrupção mais avantajado da histórica usado para a compra de votos no Congresso.

Sob a alegação de falta de definição orçamentária, Bolsonaro ampliou a desigualdade de renda na educação. Os alunos de famílias com maior poder aquisitivo tiveram acesso às aulas remotas, ao contrário dos mais pobres.

O crime de abandonar essas crianças, cuja recuperação é dada como improvável, vai custar toda uma geração e merece punição severa.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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