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Beatriz está desaparecida desde o dia 19 de abril |
As investigações sobre o desaparecimento de Beatriz Araújo, 31 anos, moradora das Três Barras, estão adiantadas, informou o delegado de Polícia de Serra Negra, Rodrigo Cantadori, à reportagem do Viva! Serra Negra. “As investigações estão adiantadas, mas os detalhes não podem ser expostos sob pena de prejudicar as próximas diligências”, explicou Cantadori.
Beatriz saiu para trabalhar, no dia 19 de abril, véspera do domingo de Páscoa, e nunca mais foi vista. As investigações estão sendo realizadas pela Delegacia da Mulher de Serra Negra (DDM), que funciona no mesmo prédio da Delegacia de Polícia do município.
O delegado informou que o caso está enquadrado na Lei Maria da Penha, de 2006, que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. “Todos os esforços investigativos e tecnológicos estão sendo usados no sentido de concluir este caso o mais rápido possível”, afirmou.
Embora Cantadori não tenha feito comentários sobre as investigações, Tiago Fernando Monteiro, ex-marido de Beatriz, pode estar envolvido no seu desaparecimento, segundo Roseli Araújo, mãe de Beatriz. Somente durante o processo de separação do casal, a mãe disse ter tomado conhecimento de que a filha vivia um relacionamento abusivo e que sofria agressões do ex-marido.
Beatriz já estava separada desde meados de fevereiro e só no dia 2 de abril registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Serra Negra. Dois dias depois, foram concedidas a Beatriz medidas protetivas de urgência para garantir sua integridade física e mental.
Roseli considera ainda que o desaparecimento da filha poderia ter sido evitado se Serra Negra contasse com um serviço estruturado e eficiente de atendimento às vítimas de violência doméstica conforme prevê a Lei Maria da Penha. Além da dificuldade para registrar a denúncia, Roseli aponta falhas no acolhimento e acompanhamento das vítimas.
Ela disse ter registrado uma denúncia de violência doméstica contra a filha pelo telefone 180 no dia 14 de fevereiro de 2025, após tomar conhecimento das agressões sofridas por Beatriz e perceber que ela necessitava de ajuda para denunciar o ex-marido. Até agora, Roseli diz não ter recebido retorno sobre o andamento dessa denúncia.
Sem receber retorno da denúncia, no dia 26 de fevereiro Roseli ligou novamente para o 180 e foi informada de que a denúncia tramitava na Delegacia da Mulher de Serra Negra. No dia 29 de fevereiro, no entanto, ao procurar informações de novo por meio do 180, foi informada que a denúncia havia sido encaminhada ao Ministério Público.
No domingo, 4 de abril, 16 dias após o desaparecimento, Roseli disse que voltou a falar no 180. Ao apresentar o protocolo da denúncia, disse que foi informada de que não havia nenhuma denúncia com o número do protocolo apresentado e foi questionada sobre se gostaria de refazer a denúncia. Rosely informou que a filha já estava desaparecida e que ainda assim queria refazer a denúncia e registrar uma reclamação. Mas a ligação, segundo ela, caiu quando foi transferida para o setor responsável.
“Se não tivesse esperado todo esse tempo por essa denúncia, se tivesse ido à Delegacia de Polícia direto, mas a gente acha que a delegacia da mulher vai proteger melhor a gente, não estaria agora aqui sem saber onde está minha filha, se está viva ou se está morta”, desabafou.
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