//FERNANDO PESCIOTTA// Ficar em casa proliferou o vírus



Nos meios político e econômico-financeiro, era grande a expectativa nesta segunda-feira (22) pela entrevista de Bolsonaro no Jornal Nacional. Prova disso é que o programa da Globo teve audiência recorde.

Naturalmente, sem nenhuma surpresa, Bolsonaro abusou das mentiras para responder aos questionamentos.

Segundo a agência de checagem Aos Fatos, foram 22 declarações falsas e duas questionáveis, perfazendo 24 afirmações sem compromisso com a verdade em 40 minutos de programa. Ou seja, uma mentira a cada minuto e meio. Não deu tempo para se encontrar com a verdade.

Em certos momentos, ficou claro como o céu de Brasília que Bolsonaro é um homem tosco, sem formação suficiente para liderar nem o condomínio onde tem uma mansão no Rio de Janeiro.

Entre todas as mentiras, deu até pena vê-lo dizer que o isolamento social só serviu para ampliar a pandemia. Segundo declarou, ficar em casa proliferou o vírus da covid-19. É o que lhe restou dizer.

No pós entrevista, as declarações sobre a pandemia foram as mais buscadas na internet, com destaque para os vídeos mostrando Bolsonaro imitando doentes com falta de ar.

Um sujeito capaz de fazer 24 declarações mentirosas em 40 minutos diante de milhões de pessoas não pode ser confiável. Um candidato a presidente que mente durante 40 minutos e não diz nenhuma palavra sobre o que pretende fazer num suposto mandato, não merece crédito.

De forma geral, o genocida confirmou perante milhões de brasileiros que é um oportunista tchutchuca do Centrão, que enganou seus eleitores em 2018 ao dizer que era antipolítica, só aceita o resultado de eleições que lhe sejam favoráveis e que seu único compromisso é consigo mesmo.

------------------------------------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




Comentários