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No seu “Homo Deus – Uma breve história do amanhã”, o escritor israelense Yuval Noah Harari considera que a Revolução Científica liberou o gênero humano da convicção de que já sabia tudo.
Por isso, a maior das descobertas científicas foi a descoberta da ignorância, acrescenta. Uma vez que os humanos se deram conta de quão pouco sabiam sobre o mundo, tiveram um motivo de ir em busca de conhecimento, o que abriu o caminho científico para o progresso, completa.
No mesmo livro, Harari disserta sobre a importância do Humanismo para a evolução do homus sapiens.
Foi por meio do Humanismo, por exemplo, que a sociedade moderna entendeu que precisa fazer o aluno aprender a pensar por si, refletir sobre os acontecimentos para evoluir.
É o Humanismo que orienta a formulação de regras de convivência social, que cobram de cada cidadão a empatia e a civilidade.
Harari escreveu o livro em 2016. Portanto, não conhecia o miliciano, que ainda vivia no submundo da Câmara. Se escrevesse o livro hoje, acrescentaria que há no mundo uma coisa que desmente suas teorias. Um ser que despreza a educação, ignora a cultura e nega a ciência.
Há poucos dias, Bolsonaro voltou a vomitar sobre a vacina contra o coronavírus. Talvez seja bom, para lembrarmos da sua responsabilidade pelos quase 700 mil mortos até agora.
Bolsonaro é a negação do humanismo e da Revolução Científica. Vive num tempo pré-Revolução Agrícola. Com ele, nunca voltaremos ao caminho do progresso.
Harari diria que Bolsonaro é a exceção que confirma a regra, é um cisco na terra plana.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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