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Nunca um candidato de esquerda, com apurada visão social, esteve tão perto de ganhar a eleição para governador de São Paulo.
Pesquisa Datafolha mostra Fernando Haddad com 34% das intenções de voto, já num cenário sem Marcio França. Os demais candidatos somam 36%, o que, dentro da margem de erro, mostra possibilidade de a eleição se encerrar no primeiro turno.
Essa hipótese é improvável, segundo analistas. Ainda há 20% de eleitores dispostos a não votar em ninguém e 9% estão indecisos.
Por outro lado, a pesquisa não indica quantos nem vão votar. O número de abstenção é importante principalmente para quem tem tamanha vantagem na dianteira.
Não que a vitória de Haddad esteja garantida, longe disso, mas a liderança provoca otimismo entre aliados e leva a reflexões sobre as demandas de camadas importantes da população.
Com boa parte da população conservadora, São Paulo é o Estado mais rico da Federação, contabiliza milhões de milionários, mas também tem uma classe média baixa significativa e observa bolsões de miséria.
O governo do Estado é um grande prestador de serviço a parcelas relevantes da população, mas em geral é um mau prestador de serviço. A rede pública escolar é gigantesca e vive em frangalhos. A rede hospitalar tem hiatos, com regiões vastas sem cobertura, e centros de atendimento com carências.
O transporte público é caro na maioria das cidades e se locomover no Estado é ainda mais oneroso. Os pedágios, que estão por toda parte, têm tarifas elevadas. Falta emprego.
Há muito por fazer, embora as classes mais abastadas não saibam disso. É nessa onda que surfa Haddad, embalado por um colégio eleitoral cansado de ser governado por uma elite que olha apenas para as camadas mais favorecidas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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