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Após um crescimento de 260% desde a posse de Bolsonaro, há 605 mil brasileiros com porte de arma. Já são mais civis armados do que a soma de militares das três forças.
O golpe contra o estado de direito se materializa. O Brasil já normaliza mortes e atentados.
Neste domingo (5), a jornalista Vanessa Lippelt, editora do site Congresso em Foco, recebeu uma ameaça assustadora. Mensagem ilustrada com a foto de uma arma dizia que ela e seus familiares serão estuprados e mortos.
Vanessa é a segunda integrante do site a receber ameaça de morte após publicar reportagem revelando as táticas do 1500chan, fórum anônimo usado para produzir fake news em favor de Bolsonaro.
O autor da matéria já havia sido ameaçado e ambos tiveram dados pessoais vazados na plataforma.
No mesmo domingo, o indigenista Bruno Araújo Pereira, da Funai, e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do The Guardian, desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia.
Pereira era alvo constante de ameaças feitas por pescadores, madeireiros e garimpeiros apoiados por Bolsonaro no seu projeto de matar índios e destruir a floresta.
Os dois casos ilustram a total falta de pudor de criminosos que agem em nome do interesse político dessa gangue que tomou o Planalto de assalto.
Por enquanto a normalização da violência como instrumento político é um assunto nacional, porque a eleição do momento é federativa. Mas chegará o momento que esse padrão de atuação estará nas disputas municipais.
Candidatos a prefeito e a vereador devem colocar as barbas de molho. Se nada for feito e continuarmos fazendo de conta que as instituições funcionam, essa violência chegará a vocês muito em breve.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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