//FERNANDO PESCIOTTA// Assédio sexual na Caixa



Mais um caso, agora no alto escalão do governo, ilustra a banalização da violência e de ataques contra minorias, uso da força e do poder em atos criminosos.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, é acusado de assédio sexual por várias funcionárias do maior banco público do País, grande financiador da casa própria e responsável pela gestão do Fundo de Garantia e o pagamento de benefícios sociais, entre outros serviços públicos.

Ao contrário do Banco do Brasil, por exemplo, que é uma empresa de economia mista, com ações negociadas na Bolsa de Valores, a Caixa tem apenas o Tesouro Nacional como acionista.

Guimarães vem cumprindo à risca o papel de bobo da corte em eventos do governo. Intimamente ligado a Bolsonaro, cortou investimentos sociais da Caixa e é visto em praticamente todas as viagens de campanha.

Ele já apareceu obrigando os funcionários da Caixa a fazerem flexões, esteve ao lado de Bolsonaro vestindo colete militarizado e sempre se mostra disposto a ser capacho das idiotices presidenciais.

Enquanto isso, passava a mão na bunda de assessoras, as convidava à sauna e exigia que elas o visitassem em seu quarto de hotel, onde as recebia vestindo apenas um short largo sem cuecas.

Guimarães, por causa desses relatos feitos por cinco mulheres ao site Metrópoles, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal. Conforme os depoimentos, Guimarães se comporta à frente das mulheres como se fosse o “dono” delas.

Por isso, e pela proximidade com Bolsonaro, o núcleo da campanha à reeleição teme prejuízo eleitoral e exige a demissão do cafajeste, o que deve ocorrer neste dia de São Pedro (29). Mas isso não basta. Para servir de exemplo, Pedro Guimarães tem de ser processado.

Pedro Guimarães é casado com a filha de Leo Pinheiro, dono da OAS.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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