//EDUCAÇÃO// Guarda Mirim precisa de local para dar aulas a 50 alunos



Os alunos da Guarda Mirim de Serra Negra só devem retomar em 2023 as atividades no prédio da Avenida Juca Preto, na Vila Dirce. O edifício foi interditado em janeiro deste ano devido a problemas na estrutura de um muro de arrimo do imóvel ao lado, que ameaçava ceder.

A licitação realizada pela administração municipal para a reparação do muro ainda está em curso. O professor e 1º secretário da Guarda Mirim, Newton Sérgio Borges, não tem expectativa de conclusão das obras ainda este ano.

“Estamos em um momento de licitação. Depois do início das obras, são três meses para sua conclusão. Não há previsão de término antes do final do ano. Nossa expectativa é retomar as aulas no prédio só em janeiro”, disse Borges na reunião mensal do Conselho Municipal de Assistência Social, realizada de forma virtual, no dia 12 de maio.

Cerca de 20 alunos do Programa Jovem Aprendiz estão assistindo às aulas desde fevereiro na Escola Municipal de Educação Básica Rosalba Perondini Salomão, no Alto das Palmeiras. Mas as condições oferecidas no local não são adequadas para a aprendizagem dos adolescentes.

A escola é destinada às crianças de idade de creche e ensino infantil. O barulho atrapalha as aulas e provoca a desconcentração dos alunos. “Os pequenos estão no espaço deles, brincam no parquinho e é muito barulho”, afirmou.  Borges explicou que os professores precisam elevar o tom da voz para serem ouvidos. 

A solução tem sido fechar as janelas e ligar o ventilador, o que também não é recomendável, em especial neste momento de aumento dos casos de covid-19 na cidade. Outro inconveniente apontado pelo professor é ter de usar a sala de aula também para as refeições dos alunos, aos quais são servidos café da manhã, marmitex no almoço e um lanche à tarde.

Além do muro de arrimo que ameaçava ceder, o prédio da Guarda Mirim apresenta outros problemas em sua estrutura, como infiltrações no forro, cupins e defeito na rampa de acessibilidade da secretaria, que causou, com as chuvas, inundação da sala. Todos os móveis foram danificados e terão de ser substituídos.

A expectativa de Borges é que a prefeitura e instituições filantrópicas da cidade tenham disponíveis salas para transferir as aulas até a conclusão das obras. Ele avalia algumas opções já oferecidas pelo Instituto Nuvem e o Lar dos Velhinhos  São Francisco de Assis e busca também outras alternativas com a prefeitura, por meio do Fundo Social de Solidariedade.

A Guarda Mirim necessita de uma sala para 50 alunos ou duas salas que comportam 25 pessoas cada uma para o funcionamento de segunda-feira, das 9 horas às 16 horas, e de terça-feira a sexta-feira, das 13 horas às 16 horas. A Guarda atende no total cerca de 70 adolescentes. 

A prefeitura repassou à Guarda Mirim no ano passado R$ 45.022,56 do Fundo Estadual de Assistência Social, destinados ao serviço de convivência e fortalecimento de vínculos oferecido pelo projeto. 



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