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Enquanto o genocida nos distrai com ofensas à democracia e às atônitas instituições, a economia desanda, a renda despenca, a corrupção rola solta, com militares, com o Centrão, com tudo, e nosso cotidiano se abala.
Não está nada fácil acompanhar o ritmo de alta dos preços. Um pé de alface a R$ 10, o quilo de tomate a R$ 18 e o litro da gasolina custando até R$ 8 deixam o consumidor mais atônito do que os democratas com a normalização da ditadura no Brasil.
Prova da perda do poder de compra do brasileiro é a sangria recorde da caderneta de poupança em março. Tradicional porto seguro do pequeno poupador, a caderneta teve o terceiro mês consecutivo de saques maiores do que os depósitos.
Ou seja, neste ano, só está servindo para ajudar a abastecer a conta bancária que está no vermelho.
Impressiona o tamanho da saída líquida: R$ 15,356 bilhões, segundo informa o Banco Central, o maior valor da série histórica iniciada em 1995.
Trata-se praticamente do quíntuplo do observado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo ficou negativo em R$ 3,524 bilhões, num indicador de agravamento da crise.
Na comparação com o mês anterior, quando a perda da poupança foi de R$ 5,350 bilhões, o déficit cresceu três vezes, o que é impactante.
Acrescente-se que nos últimos 15 meses, a caderneta de poupança teve saldo positivo em apenas quatro, além de um quinto mês em que praticamente zerou o saldo. Portanto, desde o início de 2021, acumula dez meses com saldo negativo.
É importante observar que a caderneta de poupança está longe de ser o melhor investimento disponível no mercado financeiro. Entretanto, com apelo popular, seu usuário não tem tanto acesso a outros produtos com melhor rendimento, o que leva os analistas à conclusão de que os saques têm o pagamento de dívida e o consumo como destino.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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